segunda-feira, 30 de maio de 2011

A horrorosa década de 60 no Brasil


 A crise política do Brasil já se agravava desde o renuncio do presidente Jânio Quadros. Após sair do país, quem assume o poder é o vice-presidente, João Goulart. Seu governo (1961-1964) é marcado pela abertura das organizações sociais, no qual estudantes e classes populares tiveram espaço de manifestação no país. Então os olhos começam a voltar-se para Goulart, pois as classes conservadoras temiam um golpe comunista. Por estas e outras conseqüências, as forças armadas e a Igreja Católica acusavam o então presidente João Goulart, de permitir a indisciplina e fazer um governo esquerdista.
É anunciado então em 31 de março de 1964, o Golpe Militar. Liderado inicialmente pelos governadores Carlos Lacerda (Guanabara), Magalhães Pinto (Minas Gerais) e Adhemar de Barros (São Paulo) e muitos ex-tenentes, tais como Médici e Castelo Branco.
Eleito então presidente da República pelo Congresso Nacional, Humberto de Alencar Castelo Branco ou apenas Castelo Branco, defende a democracia autoritariamente (1964-1967). Em 1967 surge uma nova constituição que institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação no país. A partir desta constituição, o regime segue governado com outros presidentes como, Costa e Silva (1967-1969) onde surge o bipartidarismo (ARENA e MDB) e o AI-5, junta militar (durante dois meses), Médici (1969-1974) e seus anos de chumbo, Geisel (1974-1979) e Figueiredo (1979-1985).
O Regime Militar que aconteceu entre o período de 1964 a 1985, é caracterizado pela falta de democracia, tortura e censura. Entre toda a censura estabelecida, quem mais sofria perseguições militares era a imprensa, que perdia seu espaço na mídia, e ainda sofria repressões militares por qualquer questão aparentemente “suspeita” de oposição. Mas não era somente a imprensa que sofria censura: os artistas midiáticos e também o povo brasileiro. Todo ou qualquer um que se fosse contra o regime militar, estaria sujeito a sofrer além das repressões, perseguição política, tortura e até mesmo a morte como “castigo”. 


Durante a ditadura Militar no Brasil...

A tecnologia no país avançava com aparelhos de televisão, telefone, computadores, cada vez mais modernos. Ainda na década de 60, surge o Movimento Hippie, no qual os jovens aderem como ideologia uma filosofia de paz, amor e tolerância  passando a aceitar a liberdade sexual e o uso frequente de drogas. Na época em questão, as roupas artesanais estavam no auge, assim como saias longas com estampas florais brilhantes, além dos jeans e roupas com estampas abstratas.
Artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil ao mesmo tempo em que ganhavam espaço com suas composições, sofriam constante censura durante a ditadura militar. No período, o Brasil vence a copa de 62, no Chile. No teatro, um movimento cultural junto a dramaturgos “encenavam” peças teatrais contra o regime militar. Alguns slogans começavam a aparecer, alguns exemplos são sobre consumismo: “O novo homem deve seguir seus instintos sobre como viver, morrer e sonhar”, ou um que durou por cerca de cinco anos: “Tudo vai melhorar com Coca-Cola”.