
Cartolas, que é formada pelo vocalista Luciano Prezza, guitarrista Dé Silveira, baterista Pedro Petracco, no baixo Otávio Silveira, e Christiano 'Melão' na guitarra, tem um estilo próprio, descolado e consegue representar muito bem, a sua Terra de origem.
Confira abaixo uma entrevista exclusiva com o guitarrista da banda Cartolas, André Silveira:
Bru Gonntier: A banda é formada desde 2003. E lançaram o primeiro cd apenas em
"2007". Oque vocês tocavam antes em seus shows? Covers? De quais bandas?
André: Tocamos músicas próprias desde antes de os Cartolas serem batizados como tal. Na
verdade, o processo de composição iniciou antes mesmo de eu ter uma
banda, o que "facilitou" a escolha de repertório. No momento atual
estamos nos sentindo obrigados a incluir mais músicas de outros artistas
pra termos abertura dos bares de público maior e mais diversificado.
Bru Gonntier: Sabemos que está para sair o 3º cd. Tem previsão? Tem como revelar alguma novidade sobre o cd?
André:
Já começamos as gravações de demos para o terceiro disco. A previsão de
gravação é no início de 2012, para posterior lançamento em março
provavelmente. O próximo disco, provavelmente, será o mais diferente se
comparado aos outros dois. Mudei a forma de escrever as músicas e entrei
num momento difrente da vida. Tem uma frase de uma música que se chama
"Lógicas de Cobertor" que, pra mim, resume bem a idéia do que pode ser o
próximo disco que vai maisoumenosassim como diria o Dinho Ouro
Preto(hahahaha): "Vou aliviar/voar pra onde for/pega a minha mão/ pra
todo o sempre há de me salvar do mar da solidão"
Bru Gonntier: Recentemente fui no show do Eric Clapton, em Porto Alegre, e vi que vocês abriram o show do cara. Qual foi a sensação que vocês tiveram em estar lá? Toda aquela gente assistindo vocês... além de abrir o show do Deus da guitarra. Tem como contar o que sentiram??
André:
Foi uma daquelas poucas sensações que se tem na vida. Uma espécie de
impressão de que tu está sonhando mas tudo parece muito real ao mesmo
tempo. Quando tu acorda, vem aquela dor de cabeça da ressaca da álcool e
da felcidade de ter tocado pra tanta gente, poucos minutos antes de um
cara que mudou a estrada da música mundial prum lado novo.
Bru Gonntier: Como está a fase da banda nesse momento?
André:
Está um pouco estranha. Estamos tentando encontrar um nicho de mercado
que sustente a nossa música. Os bares pagam pouco por que as pessoas
pagam pouco ou não se interessam muito por músicas novas. É uma espécie
de lógica estranha que as pessoas tem com as artes em geral, não só com a
música. Eu vejo isso nas inúmeras cópias falcatruas que fizeram
daquele quadro do Andy Warhol pra poder vender por aí como artigo
doméstico. É a lógica do tipo: "Por quê comer camarão se tu já comeu
filé?"